segunda-feira, 24 de maio de 2010

Just a dream...

- Mãe, quem é aquele? 
- Não sei, filha. Não estava ali quando eu saí pra te buscar..
- Ah. 
Ela para o carro em frente a casa, porque o homem está impedindo a entrada na garagem. Eu saio do carro. Está de noite e a escuridão da noite impede uma visão nítida.
Mas eu pude vê-lo ali, parado, sentado em cima de uma moto que, ao meus olhos, parecia verde.
Mesmo com o capacete, e apesar da pouca luz, eu pude ver também os seus olhos azuis, seu meio sorriso e, se eu não me engano, o relance de uma lágrima.
Eu saio do carro as pressas. Eu precisava vê-lo mais de perto... Precisava tocas, abraçar forte, beijar. Eu devia desculpas. E então, comecei a chorar. Não tinha certeza se eram lágrimas de felicidade, emoção ou tristeza. A única coisa que eu podia sentir, naquele momento, era o vento batendo nos meus cabelos, a adrenalina correndo em minhas veias, meu coração pulsando mais rápido e no mesmo ritmo, minha ferida se cicatrizando. 
Porque eu sabia que só a presença dele, só o olhar dele e aquele meio sorriso, poderiam me fazer viver novamente.
Então, eu parei de correr. Calma. Em algum momento eu disse que comecei a correr? Não, né. Pois bem, eu não tinha percebido. A necessidade dele me impulsionou.
Quando eu parei de correr, estava parada na sua frente. Olhando-o fixamente. Minhas lágrimas ainda caindo, mas com um leve sorriso no rosto.
Eu fiz minhas mãos se moverem, e elas foram direto pra ele. Para o seu rosto, sua boca, seu pescoço, seus braços e, finalmente, suas mãos.
Eu poderia ficar ali, parada, só observando, aquela preciosidade  que eu tinha em minhas mãos, até o fim de meus dias.
Mas muitas coisas precisavam ser ditar, esclarecidas e entendidas... Então, eu comecei pelas palavras mais simples e verdadeiras:
- Eu amo você!
Ele tirou o capacete, segurou minhas mãos com força, me puxou para os seus braços e disse:
- Nada mais importa agora, somente eu e você. Eu te amo.
E então, com aquela atitude, eu tive a certeza que todas as palavras mal entendidas, todas as coisas mal-explicadas e que precisavam ser esclarecidas, podiam esperar. Nem que fosse por mais alguns segundos. Eu só precisava ter aquele momento com ele, uma única e ultima vez.
Eu olhei em seus olhos, o abracei forte e... acordei.


Tudo não passou de um sonho. Afinal, eu sei que minha ferida ainda está aqui, aberta, intacta. E nós estamos separados, agora mais do que nunca! :/

Um comentário:

  1. Minha princesa, você é madura o suficiente para curar suas próprias feridas...
    Nunca desista de ser feliz.
    bjs

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